2 de dezembro de 2013

A primeira vez a gente nunca esquece: Polvo com Batatas ao Murro


Sou dessas que convida alguém para jantar e inventa de fazer um prato nunca testado antes. Procuro mil e uma receitas, escolho as que mais gosto, monto uma de acordo com o meu paladar e me jogo nas panelas. De duas semanas para cá, foi me dando uma vontade enorme de comer polvo. Isso mesmo, polvo.

Muito bem, durante a semana marquei um jantar para sábado e decidi casar a minha vontade (de comer polvo) com o que seria servido. Tudo perfeito se não fosse um singelo detalhe: nunca na minha vida tinha me arriscado a cozinhar polvo. Por que? Muito simples. Polvo é pior que camarão, quando você erra ele fica literalmente uma borracha... E aí meu bem, "um beijo, você perdeu o seu prato."

Apesar do medinho, não me deixei abater. Primeira decisão: polvo fresco ou congelado? Optei pelo congelado por um motivo muito simples: ainda não estava psicologicamente preparada para limpar um polvo (pode me chamar de fresca). Fui ao Mercado Municipal atrás do bendito e achei um no peso ideal (1,200kg), limpo e congelado. Depois, fui atrás do melhor método de cozimento. Sem tirar a credibilidade do Google, achei prudente conversar com uma pessoa que já tem o hábito de preparar polvo: uma grega de carteirinha.

Para acompanhar, nada melhor que batatas. Que tipo? Batatas ao Murro com muito alecrim, azeite, sal grosso e alho. Uma combinação simples, no entanto, perfeita.  

Ingredientes separados, era a hora da verdade.Mãos a obra! Ou melhor, nos tentáculos.

Para 2 pessoas:
  • 1 polvo limpo (sem bico, olhos e vísceras) de aproximadamente 1,200kg 
  • 4 folhas de louro
  • 1 cebola
  • Água filtrada (suficiente para cobrir o polvo)


Coloque o polvo para descongelar na geladeira dentro de uma vasilha, na noite anterior ao preparo. Atenção: quando ele for para a panela, deverá estar inteiramente descongelado!

Teoricamente o polvo congelado já está limpo, no entanto, eu achei melhor lavar mais uma vez para tirar qualquer resquício de areia. Lave bem os tentáculos e as ventosas em água corrente.

Em uma panela de pressão coloque o polvo, uma cebola cortada ao meio, 4 folhas de louro, um fio de azeite e cubra com água filtrada (apenas o suficiente para cobrir o polvo). Acenda o fogo e só quando começar a ferver, coloque a tampa. Quando pegar pressão abaixe um pouco o fogo (não queremos explodir nada, ok?) e conte 25 minutos.

Quando der 25 minutos, desligue o fogo, e tire a pressão da panela em baixo de água corrente (na pia mesmo). Se você não fizer isso, seu polvo continuará cozinhando e ele ficará borrachudo.

Retire da panela, coloque sobre uma tábua e corte com a ajuda de uma boa faca ou tesoura.

Para as batatas:
  • 5 batatas médias
  • 3 dentes de alho
  • Q/n de sal grosso
  • Q/n de alecrim (fresco ou em conserva)
  • Q/n de azeite
  • Papel alumínio


Lave bem as batatas e cozinhe com casca por aproximadamente 30 minutos. Elas não podem abrir e nem devem ficar muito moles, ok? Como o tempo varia de acordo com o tamanho das batatas, sugiro que ao longo do cozimento você espete com a ajuda de um garfo para saber se elas estão boas.

Com a ajuda de um pano (para não queimar as mãos), dê uma leve prensada  em cada batata. Não precisa dar um murro, isso é jeito de dizer!

Forre um pirex com papel aluminio, e espalhe um pouco de sal grosso. Disponha as batatas presadas. Polvilhe sal grosso e alecrim em cima das batatas e regue com azeite. Amasse com casca os 3 dentes de alho e disponha no pirex.

Leve ao forno pré-aquecido à 200º por aproximadamente 15 minutos.

Sirva o polvo com a batata e regue com azeite para finalizar!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

25 de novembro de 2013

Praticamente um prato universitário: Penne Gratinado com Molho de Tomate e Atum


Gostaria de começar esse post explicando o motivo do sumiço. Final de ano a correria fica mais intensa ainda! Parece que não vai dar tempo de fazer absolutamente nada, e quando digo nada, cozinhar e atualizar o blog entre no meio. Infelizmente tenho que dar prioridade a outros projetos, e o blog fica um pouco de lado!

O prato de hoje, com certeza já é conhecido de muita gente! Se você mora sozinho, aí sim afirmo que conhece essa receita muito bem! Quem nunca, em um dia de preguiça homérica, pegou uma lata de atum na dispensa, cozinhou macarrão e voilá, fez uma mistura daquelas? Pois é, apesar de não morar sozinha, já fiz isso muitas vezes. Talvez o culpado de tudo seja o meu irmão, que quando vinha nos visitar durante as férias da faculdade, acabava fazendo uma vez ou outra (para desespero dos meus pais!).

O negócio é que macarrão com molho de tomate e atum é muito simples, então, por que não inovar? Não precisa de muito, acredite! Nada que uma geladeira e um pouco de criatividade não possam resolver. Sujeira e complicação são fatores que passam longe dessa receita! Então, o segredo é esse: bateu a preguiça é só se jogar naquela receitinha manjada e inovar como puder!

Para 3 pessoas:
  • 1/2 pacote de penne grano duro (pode ser o parafuso, gravatinha ou qualquer outro disponível no armário)
  • 1 1/2 xícara (chá) de molho de tomate (uso sempre o caseiro)
  • 1 cenoura picada em cubinhos
  • 2/3 de uma xícara (chá) de ervilhas congeladas (uso sempre as da Daucy)
  • 1 lata de atum sólido
  • 1/2 xícara (chá) de mussarela em cubos (pode ser substituída pela de búfala)
  • Q/n de fatias de mussarela
  • Q/n de azeite
  • Sal e pimenta branca à gosto

Ferva a quantidade necessária de água, coloque um fio de azeite, sal e espere ferver. Quando a água estiver bem quente, adicione o macarrão e deixe cozinhar. Fique atento ao tempo indicado no pacote, macarrão tem que ficar al dente! Quando estiver pronto, escorra e reserve.

Abra a lata de atum sólido, retire toda a água/óleo e desmanche com a ajuda de um garfo. Pique a cenoura em cubinhos (quando menor ficar, melhor). Descongele as ervilhas passando por água corrente (questão de segundos!). Pique a mussarela em cubinhos. Reserve todos os ingredientes.

Em uma panela despeje o molho de tomate (tenho o hábito de fazer molho, portanto, o meu já está temperado com algumas ervas e sal), caso o seu não seja caseiro, tempere da forma como lhe agradar (pode adicionar ervas desidratadas como manjericão, orégano, sálvia, etc). Espere esquentar e coloque um fio de azeite, o atum e misture. Acrescente a cenoura e deixe cozinhar rapidamente (ela deve ficar crocante). Adicione as ervilhas e mexa. Quando o molho estiver pronto, desligue o fogo, espere uns minutos e acrescente a mussarela picada. Adicione o macarrão reservado e misture tudo.

Em um pirex, coloque a mistura de macarrão com molho e cubra com fatias de mussarela. Coloque para gratinar até derreter o queijo.

Fácil, né? Parece até dica para universitário!

Bon Appétit!

Bisous,
Mariana Muller

6 de novembro de 2013

Believe it or not, it's good: Sopa Creme de Brócolis com Iogurte



É só ventar um pouco mais que o normal para usar de desculpa e fazer sopa de janta. Sim, aqui em casa adoramos tomar sopa. Aquela que para muitos se resume a "comida de doente". Pois bem, ventou e meu pai já deu logo a indireta de que estava fazendo um tempo bom para tomar... Sopa. Aí veio a segunda indireta que eu interpretei mais para uma DIRETA: "é, mas eu queria provar algo diferente sabe..." Olhei para os armários, depois para a geladeira e vi um pé de brócolis que já estava passando do tempo. Bingo, alô senhor Google!

Pesquisei e achei. Achei uma coisa diferente MESMO. Gente, quando eu li "sopa creme de brócolis com iogurte" aposto que fiz uma careta daquelas que fazíamos quando éramos criança. Bem no estilo "eca, que nojo!". Falo isso porque apesar da idade, as vezes me pego fazendo isso sem querer! Aonde que sopa de brócolis podia ser uma coisa gostosa? Salada, arroz com brócolis, risoto de brócolis com camarão... Mas sopa? Ainda mais com iogurte.

Pois é, mordi a língua. Não é que a danada é boa mesmo? E o melhor, super leve! Prato ideal para tomar a noite. Fiquei em choque e testei com a família, as vezes podia ser o meu paladar. Mas não, todos chegaram a mesma conclusão: ela é gostosa mesmo.

Ponto para mim!

Para 3 pessoas:
  • 1 pé de brócolis ninja (ou japonês)
  • 1 litro de água
  • 1 cubo de caldo de legumes
  • 1/2 cebola bem picada
  • 1 dente de alho amassado
  • 1 copo de iogurte (usei o desnatado)
  • 1 fio de azeite
  • Sal e pimenta do reino a gosto


Comece cortando o brócolis em buquês. Lave bem e reserve.

Em uma panela, aqueça o fio de azeite e refogue a cebola picada junte com o alho amassado. Não deixe queimar, a ideia é fazer "suar". Em seguida junte o brócolis e deixe cozinhar, sempre mexendo em fogo médio. Quando ele estiver bem verdinho (ele muda de cor de acordo com o tempo de cozimento) e macio, acrescente a água e o cubo de caldo de legumes. Deixe ferver.

No liquidificador, coloque o brócolis cozido e todo o caldo. Acrescente o copo de iogurte. Bata bem. Acerte o sal e a pimenta.

Se quiser, separe uns raminhos de brócolis para enfeitar o prato ou então croutons. Eu usei amêndoas em lâminas e ficou lindo!

Dica: em dias quentes, essa sopa pode ser tomada fria como se fosse um gaspacho!

Bon Appétit,

Bisous,

Mariana Muller

4 de novembro de 2013

Levíssima: Salada de Couscous com Tomate Seco, Atum e... Mel!



Couscous marroquino é uma delícia, e honestamente acho uma pena os brasileiros não terem o hábito de consumi-lo em suas refeições. Já contei aqui como ele é ótimo e prático! Típico prato em que a desculpa da preguiça não cola. O bacana é que existem diversas formas de comer couscous. Pode ser puro apenas com manteiga ou azeite, misturado com legumes, com grãos, frutos do mar... E em forma de salada!

Descobri essa receitinha em um blog português e desde então fiquei louca para testar! Por ser uma salada, fiquei esperando o tempo esquentar para experimentar. O mais bacana de tudo (e curioso), foi adicionar mel ao preparo. NUNCA pensei em misturar atum com mel. Sabe aquela coisa que você não sabe se vai combinar? Fiquei com essa sensação até dar a primeira garfada!

AMEI! O sabor é fantástico, pois o doce e o salgado ficam bem equilibrados. Ou seja, uma experiência que vale super a pena!

Para 4 pessoas:
  • 1 xícara de chá de couscous marroquino
  • 1 xícara de chá de água quente
  • 9 tomates secos
  • 1 lata de atum sólido (prefiro o sólido ao moído)
  • 1 colher de sopa de mel
  • Suco de meio limão
  • 1/2 tablete de caldo de legumes
  • Salsinha e cebolinha a gosto
  • Azeite


Comece picando os tomates secos e deixe hidratando em água quente por aproximadamente 20 minutos. Pique a salsinha e a cebolinha. Reserve.

Em uma panela, esquente a xícara de chá de água e dissolva o meio tablete de caldo de legumes. Quando a água ferver, desligue o fogo e acrescente o couscous junto a um fio de azeite.  Deixe abafando com um pano de prato por 10 minutos. O processo também pode ser lido aqui! Passado o tempo, solte o couscous com a ajuda de um garfo. Reserve.

Amasse o atum sólido com um garfo, misture com o mel e o suco de limão.

Junte ao couscous a mistura de atum, o tomate seco e as ervas picadas. Cubra com um plástico e deixe gelar na geladeira até a hora de servir.

Dica: se você não for fã de comida gelada, pode deixar em temperatura ambiente. Fica tão bom quanto!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

1 de novembro de 2013

Ideias para o café: Biscoitinho Amanteigado recheado com Geleia de Fruta


Café da tarde pede um biscoitinho para acompanhar... Ô se pede! Pode ser de polvilho, cookies, rosquinhas, ou então, amanteigados! E quando os amanteigados levam recheio de geleia de fruta, eles se tornam irresistíveis aos olhos de qualquer pessoa. Vai por mim!

Super fácil e de rápido preparo, essa receita não tem erro. O melhor de tudo é que são ingredientes que normalmente temos guardado na dispensa e na geladeira. Então se bateu uma vontade de comer um biscoitinho caseiro, essa é a receita! Ah! E já vou logo avisando, é impossível comer um só!

Para a massa (fiz 24 biscoitinhos):
  • 1/2 xícara de chá de manteiga sem sal em ponto de pomada (temperatura ambiente)
  • 1/2 xícara de chá de açúcar de confeiteiro peneirado
  • 1 1/4 xícara de chá de farinha de trigo peneirada
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • Raspas de um limão

Recheio*:
  • Geleia de Amora
  • Geleia de Laranja

*Se não tiver esses sabores, use a que tiver na geladeira ou a de sua preferência.

Para a assadeira:
  • 1 pedaço de papel manteiga


 Pré-aqueça o forno a 180º.

Coloque na batedeira a manteiga, o açúcar, a pitada de sal e o extrato de baunilha. Bata até formar uma massa homogênea. Junte a farinha aos poucos em velocidade baixa, em seguida acrescente as rapas do limão e bata em velocidade média-alta até incorporar completamente todos os ingredientes e formar uma massa (ela não é grudenta!).

Forre a assadeira com um pedaço de papel manteiga.

Com a ajuda de uma colher de chá, faça pequenas bolinhas e coloque na assadeira com uma distância de aproximadamente 2 cm uma da outra.

Asse por 10 minutos, retire do forno e com a ajuda de uma colher (não faça com o dedo porque queima), faça uma cavidade do centro de cada biscoitinho. Volte para o forno e asse por mais 10 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.

Com a ajuda de uma colher de café, preencha os buraquinhos com a geleia de sua preferência! Eu usei uma de amora e uma de laranja meio pedaçuda. Ficou divino!!!

Dica: use uma geleia de boa qualidade que faz toda a diferença. Algumas industrializadas perdem completamente o gosto da fruta e são carregadíssimas no açúcar! Para essa receita usei a de amora e a de laranja da Queensberry.

Bon Appétit,

Bisous,

Mariana Muller

30 de outubro de 2013

Olha ela aí: Rodelas de Abobrinha recheadas com Cream Cheese e Parmesão


Olha ela aí, com seu jeito sensuaaaal! Quando você pensa que eu deixei a abobrinha de lado, eu chego toda-toda mostrando que não. Você ainda desconfia e torce o nariz pra ela? Ok, acho que esse post fará você mudar de ideia.

Essa abobrinha eu experimentei pela primeira vez na casa do Magrão. Para quem não sabe, Magrão é um tio querido de uma super amiga. Toda vez que tem churrasco, ele prepara essa abobrinha para a Déia, no caso, a mulher dele (que é vegetariana). Depois da primeira experiência, toda vez que tem churras no Magrão, quem conhece fica sedento a espera da famosa abobrinha recheada na grelha.

Como aqui em casa não tem grelha, o negócio foi improvisar com o forno. Fiz uma alteração aqui, outra ali e sério, que delícia! É um ÓTIMO acompanhamento!

Para uma assadeira média:
  • 2 abobrinhas médias
  • 2 xícaras (chá) de parmesão ralado
  • 1 colher de sopa de tempero desidratado (alho, cebola, orégano, manjericão)
  • Q/n cream cheese
  • Q/n  sal
  • Q/n  pimento lemon pepper (pode ser pimenta do reino)
  • Q/n azeite


Pré aqueça o forno a 200º.

Lave bem as abobrinha e corte em rodelas (grossura de um dedo mais ou menos). Em cada rodela, faça cavidades delicadas com a ajuda de um boleador para retirar as sementes.

Faça uma mistura com o parmesão ralado, os temperos desidratados, o sal e a pimenta lemon pepper. Coloque um pouco de cream cheese em cada cavidade e cubra com a mistura de parmesão. Unte a assadeira com azeite e disponha as fatias lado a lado.

Asse por aproximadamente 20 minutos, ou até a abobrinha ficar macia.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

28 de outubro de 2013

Fofinho como a gente gosta: Bolo de Cenoura!



AMO bolo de cenoura com calda de chocolate. Talvez, de todos os bolos, esse seja o meu grande ídolo. Fofinho, bem laranja e com aquela ganache fantástica por cima. Sim, sou capaz de devorar uma forma sozinha em dois dias. E sabe qual o melhor (ou pior, depende do seu ponto de vista), você também! Acho que nunca conheci uma pessoa que disse não gostar de bolo de cenoura - independente de ter calda ou não. É simplesmente impossível!

O bolo de cenoura é aquela comida clássica que esteve presente na nossa vida em diversas situações: no recreio, no lanche da tarde, na casa da vó, na hora da Sessão da Tarde e por aí vai. Aí você cresce e continua se deparando com ele em cafés, docerias etc.

Agora, o melhor de tudo é quando esse bolo vem FOFINHO. Nossa, aí vamos combinar que é para se acabar de comer!

Liquidificador a postos (Sim! Ele é facílimo de fazer!), cenouras em mãos... Let's go!

Para um bolo:
·         3 cenoura médias raladas grosseiramente (fica mais fácil de bater!)
·         4 ovos
·         1/2 xícara de chá de óleo
·         2 xícaras de chá de açúcar
·         1/2 colher de chá de sal
·         1 colher de chá de essência de baunilha
·         2 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo peneirada
·         1 colher de sopa de fermento em pó

Para a calda:
·         1 barra de chocolate (usei o meio-amargo)
·         1/2 caixinha de creme de leite


Pré-aqueça o forno à 180º

Lave bem a cenouras, descasque-as e rale grosseiramente. No liquidificador, bata as cenouras, os ovos, o óleo, o açúcar a essência de baunilha. Bata bem até formar uma mistura líquida bem homogênea.

Em um bowl, coloque esse líquido e vá acrescentando aos poucos a farinha peneirada. Mexa com a ajuda de um fouet. Ao final, acrescente o fermento e misture. Despeje a massa em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno por aproximadamente 40-45 minutos (o tempo pode variar de forno para forno).

Enquanto o bolo assa, prepare a calda. Em banho maria derreta a barra de chocolate. Quando ela estiver derretida, acrescente o creme de leite e mexa até a massa ficar homogênea.  Reserve.

Quando o bolo estiver pronto, retire do forno e deixe esfriar. Espalhe a calda e seja feliz!

Bon Appétit!

Bisous, 

Mariana Muller

18 de outubro de 2013

Uh la lá! Hot Dog À Francesa!



Alô, fãs de hot dog!!! Eu tenho novidade para vocês!!! 

Há três semanas atrás experimentei na casa de uma amiga um hot dog bem diferente do convencional pão + salsicha + molho de tomate + mostarda + ketchup + maionese + batata palha. Um chef preparou uma nova versão dando um pouco de sofisticação ao hot dog de rua. Apesar de ingredientes diferenciados como o molho bechamel e a mostarda de dijon, como não sou fã de hot dog, não fiquei muito animada para provar. Por incrível que pareça, na primeira mordida achei a mistura super gostosa e me senti na obrigação de reproduzir aqui em casa.

Apesar de ter uma mãe super saudável e vegetariana, meu pai veio do lado mau da força. Ou seja, adora tudo que é tipo de carne e pratos mais engordativos. Quando disse que estava pensando em reproduzir o hot dog à francesa aqui em casa, vi o brilho nos olhos e desde então, não tive mais paz!

Final de semana chegou e fui escalada para a cozinha. Data da missão: sábado a noite.

Dicas: salsicha sempre de boa qualidade, ok? Você pode ser fã da salsicha Sadia, mas para esse prato se puder ficar com a Viena da Ceratti, com certeza seu prato ficará BEM diferente. Em relação a mostarda, também de boa qualidade! Diferente dessa que estamos acostumados, a dijon é bem mais forte e ácida. Como eu gosto muito do seu sabor característico, escolho sempre de marcas conhecidas para não perdê-lo.

Para 6 hot dogs:

  • 6 salsichas Viena (marca Ceratti)
  • 6 baguetinhas (pode usar pão de hot dog comum)
  • 1 vidro de mostarda de dijon (a Maille é a minha preferida)
  • 3 colheres de cebola picada
  • 2 colheres de farinha
  • 500ml de leite
  • 1 colher de chá de manteiga
  • 1 fio de azeite
  • Sal à gosto
  • Parmesão ralado à gosto


Cubra com água uma panela, mergulhe as salsichas e deixe ferver. Quando estiver fervendo, deixe as salsichas cozinharem por cerca de 1 minuto. Gosto de repetir esse processo mais uma vez para lavar bem a salsicha e tirar ao máximo aquele corante. Mas isso vai de gosto para gosto.

Em seguida, prepare a molho. Em uma panela, derrame um fio de azeite e frite levemente a cebola picada. Quando a cebola estiver boa, adicione as duas colheres de farinha de trigo e mexa bem para fritar a farinha. Quando ela estiver moreninha, retire a panela do fogo, adicione parte do leite e mexa vigorosamente para não empolar. Volte ao fogo, adicione o restante do leite e continue mexendo com a ajuda de um fouet até engrossar. Quando o molho estiver no ponto (nem muito ralo e nem muito grosso), adicione sal, um pouco de queijo parmesão ralado e misture novamente. Retire do fogo.

Corte as baguetinhas na metade e passe mostarda de dijon em todos os lados. Não exagere, pois, a dijon é bem forte! Coloque uma salsicha em cada pão e cubra com o molho bechamel. Polvilhe parmesão ralado em cima e leve ao forno para gratinar. Eu deixei 5 minutinhos à 200º, mas esse tempo pode variar de acordo com o seu forno.
Sirva com batata palha.

Ah! E para acompanhar, uma cerveja bem gelada vai super bem, ou então, uma taça de vinho tinto!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

17 de outubro de 2013

Batata Gratinada ao meu modo: com funghi e creme de leite


Toda pessoa que já foi ao Viena alguma vez na vida, provavelmente deve ter provado a batata gratinada com funghi. Correto? Caso você não tenha provado, já vou logo adiantando que é uma delícia. Eu tenho um pequeno problema com restaurantes self-service, sabiam? Como é muita gente em cima da comida falando, eu fico imaginando no tanto de baba que não acaba voando. Mas, como toda frescura tem limite - e fim - eu sempre me rendo a duas coisas: a batata com funghi e a bolinha de queijo!

Aqui em casa temos o hábito de preparar uma batata gratinada que a minha avó fazia com certa regularidade. Cortada em rodelas, muito creme de leite, queijo até dizer chega. Tínhamos  marcado um almoço com a família, no entanto, o cardápio ainda estava incerto.

Abri a geladeira aqui de casa e para a minha surpresa, ela estava abarrotada de batatas. Na dispensa nunca falta funghi. Então...  It's time, baby!

Para uma travessa de batatas:
  • 1kg de batatas cruas
  • 2 xícaras de chá de funghi
  • 3 caixinha de creme de leite
  • 1 colher de sopa manteiga
  • 1/2 cebola picada
  • 1 dente de alho picado
  • 2 colheres de vinho branco - usei o prosecco que tinha na geladeira rs.
  • Parmesão ralado para gratinar
  • Alecrim
  • Noz moscada
  • Sal e pimenta do reino a gosto


Comece preparando o funghi. Lave bem o funghi para tirar qualquer resíduo de terra, esquente um pouco de água e deixe ele hidratando por aproximadamente 30 minutos. Quando ele estiver bem macio, esprema com as mãos para tirar o excesso de água e pique em pequenos pedaços. NÃO DISPENSE A ÁGUA, pois ela será utilizada mais tarde.

Em uma frigideira, esquente a manteiga e refogue a cebola picada e o alho amassado. Em seguida, junte os funghis picados, o sal e o alecrim. Derrame o vinho (ou prosecco) e continue mexendo até evaporar. Coe a água em que o funghi ficou hidratando e adicione à mistura. Deixe cozinhar em fogo médio por 10 minutos. Acerte a pimenta e reserve.

Abra as caixinhas de creme de leite e coloque em um bowl. Tempere com sal, pimenta e noz moscada. Misture bem. Reserve.

Lave bem as batatas, descasque-as e depois passe por um ralador. Ela deve ficar bem fininha. Coloque as fatias dentro do bowl com o creme de leite. Com as mãos, misture até que todas as batatas estejam cobertas pela creme de leite temperado. Adicione a mistura de funghis. Misture novamente até incorporar todos os ingredientes.

Disponha a mistura de batatas com funghis em uma assadeira e polvilhe com queijo parmesão ralado. Cubra com um papel alumínio e asse em forno pré aquecido a 200º por cerca de 45 minutos. Antes de servir, retire o papel alumínio e deixe gratinar.

Dica: essa batata com funghi harmoniza super bem com carnes vermelhas e carne de porco.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

16 de outubro de 2013

Salada de Bifum - Leve e Refrescante


Sempre gostei de salada de bifum, mas até descobrir o que era aquele macarrãozinho fininho eu demorei. Eu tinha o hábito de almoçar em um restaurante por kilo administrado por uma família japonesa, e todos os dias, além do tradicional alface-rúcula-e-agrião, sempre encontrava a salada de bifum. Para quem não sabe, bifum é um macarrão muito utilizado na culinária chinesa e japonesa feito a base de arroz. Ele é bem fininho, super delicado e de rápido cozimento.

Mudei de emprego e parei de comer a saladinha de bifum. O jeito era fazer em casa! Encontrei o macarrão para vender, juntei os ingredientes e quase caí para trás quando percebi que era uma receita ridiculamente fácil. Fora que é perfeita para dias quentes! Leve, refrescante porque se come em temperatura ambiente ou gelada, e saborosíssima.

Preparem seus hashis!

Para 4 pessoas:
  • 1 pacote de bifum de 200g
  • 2 cenouras raladas
  • 12 palitos de kanikama picados
  • 3 ovos
  • 1 colher de sopa de gergelim
  • 2 colheres de sopa de óleo de gergelim
  • Suco de 1 limão
  • Sal a gosto
  • Azeite a gosto


Cozinhe o macarrão rapidamente em água fervente. Preste atenção porque o processo dura aproximadamente 2 minutos. Escorra e regue com um pouco de azeite para não grudar. Reserve.

Bata os ovos, adicione uma pitada de sal e faça ovos mexidos. Reserve.

Em um bowl, adicione o macarrão, os ovos mexidos, as cenouras raladas, os kanis picados, o suco de limão, o gergelim, o óleo de gergelim e o sal. Misture bem. Acerte o sal se necessário.

Ridículo né? Eu fico até envergonhada de postar essas coisas, mas são descobertas tão fantásticas e práticas para o dia-a-dia que acabo me sentindo na obrigação!

Dica: pepino japonês (o mais fininho) vai super bem, se quiser pode adicionar que dá certo!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

14 de outubro de 2013

Couve-Flor de um jeito que você nunca provou: Gratinada ao Molho de Gorgonzola e Parmesão.


Assim como a abobrinha, o chuchu e alguns outros legumes, a couve-flor também sofre alguns tipos de preconceito. Já escutei que ela é sem gosto, meio fedida. Mas a maior queixa e a mais engraçada que ouvi foi: "couve-flor é um alimento meio boring". Achei divertida a forma como foi colocada apesar de achar uma coisa completamente diferente! Como gosto de dizer, nada é sem gosto, o que muda é o método de preparo!

Essa receita é preparada pela minha mãe há anos! Sempre gostei muito e decidi fazer pequenas alterações para deixá-la ainda mais saborosa. Além do tradicional molho bechamel (branco), escolhi dois queijos que estavam dando sopa da geladeira: gorgonzola e parmesão.

Com os ingredientes certo é minha obrigação informar que é sucesso absoluto!

Para uma couve-flor gratinada (serve bem 4 pessoas):
  • 1 couve-flor
  • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 500ml de leite
  • 1 colher de sopa de cebola picada
  • 1/4 de um pedaço de gorgonzola
  • 1/3 de uma xícara de chá de parmesão ralado
  • Mussarela para cobrir
  • Noz moscada a gosto
  • Sal a gosto
  • Um fio de azeite

Lave bem a couve-flor e corte em pedaços. Cozinhe no vapor por 40 minutos ou até ficar macia. Super recomendo uma cesta de bambu para cozinhar legumes! É prática, funciona super bem, além de ser bem sustentável. No entanto, caso você não tenha, pode fazer isso em uma panela com água.

Em uma panela, derrame um fio de azeite e frite levemente a cebola picada. Quando a cebola estiver boa, adicione as três colheres de farinha de trigo e mexa bem para fritar a farinha. Quando ela estiver moreninha, retire a panela do fogo, adicione metade do leite e mexa vigorosamente para não empolar. Volte ao fogo, adicione o restante do leite e continue mexendo com a ajuda de um fouet até engrossar. Caso seja necessário, adicione mais leite.

Quando o molho estiver no ponto, acrescente a quantidade necessária de noz moscada (cuidado para não colocar demais, pois ela rouba bastante o gosto). Rale o pedaço de gorgonzola, acrescente o parmesão e misture bem para incorporar todos os queijos. Acerte o sal se houver necessidade.

Em um pirex, disponha os pedaços de couve-flor e espalhe o molho de forma a cobrir tudo. Espalhe mussarela e leve a forno pré-aquecido a 200º para gratinar por aproximadamente 15 minutos. Quanto mais moreninho ficar por cima, mais atrativo o seu prato ficará!

Dica: é um ótimo acompanhamento para carnes vermelhas e de frango!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

11 de outubro de 2013

E se trocar o leite do bolo de fubá pelo suco de laranja?

Sabe aquele bolinho bem fofo, sem recheio e cobertura? Aquele que tinha sempre na casa da sua avó e foi copiado descaradamente pela sua tia e mãe? O bolo com cara de vó, é aquele feito em forma redonda com furo no meio, é simples e serve para comer à qualquer momento. Tem o de coco, o de cenoura, o de laranja, o de leite... E o de fubá! De todos, talvez o mais presente na minha infância e que nunca faltava na mesa da minha avó, é o de fubá! Amarelinho, perfumado e ideal para o cafezinho.

Então, em um belo dia que estava morrendo de vontade de fazer um bolinho de fubá para o café da manhã, me dei conta que todas as receitas pediam leite. Me senti na obrigação de tentar algo diferente. E porquê não, suco de laranja?

Para um bolo:
  • 3 ovos
  • 1 1/2 xícara de chá de açúcar
  • 2 xícaras de chá de farinha de trigo*
  • 2 1/2 de farinha de fubá
  • 1 xícara de suco de laranja NATURAL
  • 150 ml de óleo
  • 1 colher de sopa de erva doce
  • 1 colher de chá de fermento em pó


*Se você quiser eliminar o glúten da receita, substitua a farinha de trigo por amido. Fica tão bom quanto!



Separe os ovos e certifique-se de que estão bons. No liquidificador bata os ovos, o suco de laranja natural, o óleo, o açúcar e a farinha de trigo. Quando a massa estiver homogênea, acrescente a farinha de fuba e bata novamente até incorporar bem todos os ingredientes.

Transfira massa para um bowl, adicione a erva doce e misture com a ajuda de um fouet. Acrescente o fermento e mexa delicadamente.

Coloque para assar em forno pré-aquecido à 200º em uma forma untada e enfarinha por aproximadamente 25 minutos (lembre-se que o tempo pode variar de forno para forno).

Normalmente utilizamos um palito de dente para saber se a massa está boa. Espetamos o bolo com o palito e se ele sair seco, está pronto! No entanto, algumas pessoas acham que o bolo deve ficar bem moreninho e aí que eu digo para tomar cuidado. Se a massa assar demais, o seu bolo ficará muito seco e perderá toda a textura fofa que gostamos tanto.

Dica: Além dele puro, o bolo harmoniza super bem com geleia de laranja, goiabada cremosa e requeijão!

Bon Appétit!

Bisous, 

Mariana Muller

7 de outubro de 2013

Menos é mais: Macarrão Trufado



Como minha prima sabe que a minha família é super ligada à assuntos relacionados a comida, de presente ela nos trouxe da Itália um vidro de azeite de trufas brancas. Desde que coloquei o vidro no armário fiquei imaginando mil e uma formas de utilizá-lo. Como não é um ingrediente comum barato e que harmoniza com qualquer coisa, não podia desperdiçá-lo de qualquer forma. Precisava achar um prato a altura.

Então, durante as minhas andanças, encontrei pequenas trufas negras de verão conservadas em água e sal prontas para uso culinário. O melhor de tudo: o preço. Um vidrinho (com aproximadamente 18g) estava saindo por R$ 40,00. Quase rolei no chão de felicidade. Foi a deixa para colocar dentro do carrinho.





Achei diversas receitas e por incrível que pareça, optei por preparar algo simples onde de fato as estrelas principais fossem as trufas em conserva e o azeite de trufas brancas. Como? Macarrão, trufas e só.

Para 4 pessoas:


Em uma panela com água e sal, cozinhe o macarrão até ficar al dente. Escorra e separe. Rale as trufas e junte a massa com as 3 colheres de sopa de azeite de trufas brancas. Misture bem até todos os ingredientes estarem devidamente incorporados.

Se quiser, fatie finas lascas das trufas em conserva para decorar o prato.

Dicas: utilize um bom parmesão ralado (os de saquinhos estão proibidos) para acompanhar o prato. Se quiser beber algo que não seja vinho, um bom prosecco gelado harmoniza PERFEITAMENTE. E, acima de tudo, não utilize alho, pois, ele mata completamente o sabor da trufa.

Tão fácil, que se você tem curiosidade, não perca tempo para experimentar!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

26 de setembro de 2013

Sopa Vichyssoise... Ou quase isso!


Tradicionalmente essa sopa é servida fria, no entanto, você pode sim servi-la quente acompanhada de uma delicioso vinho tinto. Esse é o tipo de prato que pode ser servido nos dias frios de inverno ou então, como entrada em dias quentes de verão. Super versátil, costuma agradar os paladares mais exigentes - sem exageros! De origem francesa, a Vichyssoise ganhou o mundo pelo toque aveludado e sabor marcante.

A Vichyssoise é uma sopa que tem como base batata e alho poró. Tradicionalmente, ela leva também creme de leite. No entanto, uma das coisas que mais me fascina no mundo culinário é a liberdade para inovar. Então, experimentei brincar um pouco com esse prato clássico e dar um toque pessoal. Da mesma forma como eu não dispenso uma tradicional Vichyssoise, também acho que vocês deveriam um dia experimentá-la.

Mas hoje, vamos falar de uma Vichyssoise um pouco modificada. Sem creme de leite, com um leve ardor de gengibre e um toque de cravo da Índia. Prontos?

Para 4 pessoas:
  • 2 alhos poró médios
  • 2 batatas grandes
  • 1,5L de água
  • 1 cubo de caldo de legumes
  • 1 colher de chá de gengibre fresco ralado
  • 2 cravos da índia
  • Azeite para refogar
  • Sal a gosto

Para os croutons:
  • 5 fatias de pão de forma


Lave bem os alhos poró , corte a parte branca em finas rodelas e reserve as folhas. Refogue com um pouco de azeite até que elas estejam bem macias - é importante cozinhar bem o alho poró para que a sua sopa não fique fibrosa.

Lave as batatas, descasque e depois pique-as em cubos. Em uma panela, coloque 1,5L de água, os cubos de batata, as folhas de alho poró reservadas e o caldo de legumes. Deixe cozinhar em fogo baixo até que as batatas estejam cozidas. Quando as batatas estiverem macias, retire as folhas de alho poró.

Em um liquidificador, coloque as fatias de alho poró, as batatas cozidas e o caldo. Bata bastante até dissolver completamente todos os ingredientes. Adicione o gengibre e os dois cravos da Índia. Bata novamente. Ajuste o sal se necessário.

Se você for tomar a sopa quente, faça croutons para acompanhar  Corte em cubos as fatias de pão e ponha para assar em 200º por aproximadamente 10 minutos - lembre-se que o tempo varia de forno para forno, ok? Os croutons devem ficar crocantes e não queimados.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller