26 de maio de 2014

Tips – Restaurante Finafarina

Se você mora na Vila Mariana, está de passagem pelo bairro ou trabalha próximo, vai adorar esse post! Se você não mora ou trabalha perto, vai ficar morrendo de vontade há há há. Não gosto de fazer críticas sobre restaurantes por dois motivos: não tenho o hábito de ficar rodando pelos restaurantes da cidade experimentando tudo que é novo e, quando a comida chega nunca lembro de tirar foto. Quando o garçom coloca o prato na mesa como uma boa draga, já estou super ansiosa. Logo, não dá tempo nada de fotos.

No entanto, essa dica é tão boa que eu não resisti. Apesar de gostar muito de comer massa, torço o nariz quando alguém sugere uma cantina italiana para um almoço/jantar. Não sei se sou eu mão de vaca, mas sinto que comer massa em São Paulo tornou-se uma coisa cara nos últimos anos. Prefiro gastar com pratos que dificilmente conseguiria reproduzir em casa, ou então, com ingredientes realmente difíceis de encontrar. MAS, com o Finafarina foi diferente. Na realidade, com o Finafarina foi amor à primeira vista.











O Finafarina é um restaurante bem pequeno (pegada de bistrô), super aconchegante e com uma comida fantástica. Nem preciso dizer que a especialidade é massa, certo? A casa é especializada em massas e molhos feitos de forma bem artesanal, ou seja, nada industrializado ou de grande escala. As farinhas utilizadas também são especiais, o que resulta em sabores diferenciados para cada tipo de massa. E os recheios? OH MY GOD. Um melhor que o outro. Já provei massa recheada com queijo emmenthal, cabra, gouda, mussarela de búfala com tomate seco e manjericão, abóbora e assim em diante. Os molhos tô morrendo só de comentar, também são fantásticos! Molho branco com castanha do Pará moída, queijos, funghi, o tradicional vermelho. Não consigo escolher o melhor. By the way, só por curiosidade, o restaurante também oferece risotos fantásticos e carnes muito bem feitas. 

Mas, o real motivo desse post é que além de comer lá e pagar um preço justo, você pode comprar e levar para cozinhar em casa. Tanto a massa, quanto o molho. Quer coisa mais prática e deliciosa que essa?! Essa aqui de baixo é um ravioloni (é maior que o ravióli), recheado com queijo emmenthal e pastrami morra de vontade. O molho não é deles, ok? É um pesto caseiro. Por 500g paguei R$26,00. Achei muito justo! Serviu duas pessoas  três se eu contar garfadas alheias tranquilamente. Tirei algumas fotos para mostrar o tamanho do ravioloni e como ele é bem recheado!





AMEI a minha escolha e recomendo de olhos fechados para quem tiver interesse. É uma massa extremamente saborosa e com um consistência excelente - nada de massa molenga. Garanto que arrependimento não é uma daquelas coisas que você vai sentir! Pelo contrário, vai sentir tanto prazer como eu sinto quando como algo da Finafarina!

*A primeira foto é uma montagem que eu fiz tosca com uma série de pratos que achei no facebook do Finafarina.

Bisous,
Mariana Muller

21 de maio de 2014

Essencial: Molho de Tomate Caseiro


Em todas as receitas que levam molho de tomate, eu sempre aconselho a utilizarem um que seja caseiro. O motivo disso é que aqui em casa não entra molho industrializado há anos! Temos o hábito de fazer a nosso próprio molho e não abrimos mão disso. Por que? Simples. O sabor. Nada se compara ao sabor de um molho de tomate caseiro e fresquinho.

Que minha mãe é super saudável, vocês já sabem. Mas que essa onda começou quando eu era bem mini, poucos imaginam. Quando alguém vem aqui em casa e abre o nosso freezer por algum motivo ou está presente quando abrimos para pegar alguma coisa, ela costuma ficar um pouco chocada com a quantidade de vidros de molho congelados. Molho de tomate aqui em casa é que nem queijo ralado, não pode faltar! Vai que nem água. Sempre tem que ter.


Além de ser MUITO mais saboroso, não tem aquele cheiro ácido que o industrializado tem. Esse odor forte vem dos conservantes, corantes e outras coisinhas a mais. O caseiro tem uma textura diferente, uma cor muito melhor (aquele vermelhão é puro corante!) e gosto de tomate. Devem estar pensando que sou louca, mas juro que não sou talvez um pouquinho. Depois que você se acostuma com o caseiro, fica difícil de engolir o industrializado. Para vocês terem ideia, cansei de pegar molho congelado e levar para viagens feitas em turma. No começo todo mundo fala um monte que sou fresca, depois, ficam agradecendo loucamente.


Fazer molho de tomate caseiro não é difícil, mas demanda um pouco de tempo. Ah! E também não rende muito. Mas ju-ro que compensa! Você pode guardar em potes de vidros e armazenar no freezer por bastante tempo, então vale a pena.

Se valer a dica, COMA antes de congelar. Com pão, queijo, em um risotinho. Juro que você não vai se arrepender! Ele feitinho no dia é simplesmente sensacional!


Vem comigo!

Para 3 vidros de molho de tomate:


  • 12 tomates
  • 6 dentes de alho amassados
  • 1 cebola média bem picada
  • 1 colher de chá de açúcar
  • Sal a gosto
  • Azeite a gosto 

Lave bem os tomates e faça uma cruzinha nos "bumbuns" deles. Coloque-os lado a lado em uma forma e asse-os à 180º até a pele começar a soltar (se o tomate estiver bem maduro, o cozimento é mais rápido podendo levar cerca de meia hora). Isso fará com que eles cozinhem e soltem a pele com mais facilidade. Retire do forno, espere esfriar um pouco e com a ajuda de um faca, puxe a pele.






Corte os tomates em 4 partes e retire os cabinhos duros.


Coloque tudo no liquidificador (com semente) e bata bem.


Coloque um fio de azeite em uma panela grande e quente, e refogue os dentes de alho amassados e a cebola picada.


Despeje a mistura de tomates em uma peneira e com a ajuda de uma colher, coe o molho. Isso fará com que as sementes fiquem separadas.



Cozinhe em fogo baixo até engrossar e perder um pouco da água. Aqui você pode optar por dois tipos de cozimento. Se quiser um molho mais espesso, cozinhe sem a tampa - isso fará com que a água evapore mais rápido. Se desejar um molho menos espesso, deixa a panela semi-tampada. Quando o molho estiver pronto, adicione sal a gosto e uma colher de chá de açúcar (para cortar a acidez). Misture bem.



Dica: esse é o molho bem básico e sem temperos. Você pode: cortar umas rodelas de cenoura cozida, bater separado e juntar ao molho para deixar menos ácido; colocar temperos como manjericão, orégano, louro etc.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

19 de maio de 2014

Um crime: Bolo de Chocolate com Buttercream de Chocolate

Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas pelo sumiço das últimas três semanas. Passei por um período bem corrido e de bastante adaptação. Infelizmente, tive que deixar o blog um pouco de lado até me adaptar completamente ou quase. Agora que a poeira baixou um pouquinho, consegui sentar e adiantar tudo que estava atrasado. Vamos colocar esse blog nos eixos novamente minha gente!



Ninguém aqui sabe a dificuldade que foi escrever esse post. Perdi a conta de quantas vezes escrevi, apaguei e recomecei. Para falar desse bolo em particular, as únicas palavras que brotavam na tela do meu computador deixariam qualquer mãe de cabelo em pé especialmente você, mamãe. Sabem aqueles palavrões – que do meu ponto de vista são meras expressões cotidianas – que utilizamos quando queremos enaltecer muito uma coisa? Mostrar que realmente valeu a pena, foi bom ou coisa do tipo? Então. Fica difícil bancar a boa moça em um post desses, porque puta que o pariu esse bolo é demais foda pra caralho.




Pronto, falei.

Foi a primeira vez que eu fiz e já vou logo dizendo que virou uma das minhas receitas prediletas. Acho que assim como o estrogonofe de cogumelos, essa também entrou para o Top 5 de 2014. Sem brincadeiras!



Só a massa, que já é fantástica modéstia a parte, fica responsável por 50% do sucesso. Sério, a MELHOR massa de chocolate. Fofinha, húmida, leve e saborosa. E o melhor de tudo: com gosto e cor de chocolate. Diferente daqueles bolos com massa pálida apagada, essa dá de mil. A cobertura e o recheio fecham o conjunto perfeitamente. Apesar de ser um buttercream, ou seja, feito a base de manteiga, o creme fica leve e aerado. Nem um pouco enjoativo e muito menos pesado!



Fiz esse bolo para o aniversário do meu pai, e passada uma hora do parabéns não tinha mais rastro dele. Nem na mesa e muito menos na bandeja. Se ele era pequeno? Não. A receita rendeu aproximadamente 1,5 kg de bolo.




Resumindo: sucesso absoluto.

Para um bolo de chocolate:
  • 1  3/4 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de açúcar
  • 3/4 de xícara de cacau em pó
  • 2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 xícara de chá de leite integral (para o buttermilk)
  • 4 colheres de sopa de vinagre branco ou suco de limão
  • 1/2 xícara de óleo
  • 2 ovos
  • 160ml de café quente (tem que ficar forte, ok?)

Para o recheio e cobertura:
  • 3 barras de chocolate meio amargo
  • 300g de manteiga [sem sal] em ponto de pomada (temperatura ambiente)
  • 3 colheres de sopa de leite
  • 1 1/2 colheres de chá de extrato de baunilha
  • 1 1/2 xícaras mais 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro peneirado
  • 1 1/2 colheres de sopa de café solúvel
  • 3 colheres de sopa de água quente
  • 1/2 xícara de avelãs tostadas, descascadas E SEM SAL
  • Papel manteiga, manteiga e farinha para preparar a forma

Comece pelo buttermilk! Aqui no Brasil, infelizmente não temos nada parecido à venda. No entanto, a boa notícia é que pode ser feito! O buttermilk vai na massa e serve para enfraquecer o glúten e deixar a massa mais fofa. É fantástico! Misture a xícara de leite integral com quatro colheres de vinagre branco ou limão. Misture e deixe até talhar (algo em torno de 15 minutos). Voilá, isso é buttermilk!




Enquanto espera o buttermilk ficar pronto, prepare a forma em que o bolo será assado. Você pode fazer o bolo em uma única forma e cortar ao meio depois. Ou, faça como eu, e divida a massa em duas formas do mesmo tamanho para não ter esse trabalho.Corte dois círculos de papel manteiga do tamanho do diâmetro das formas utilizadas. Unte a forma, coloque o papel manteiga no fundo, e unte a superfície do mesmo. Enfarinhe. Reserve.   





Pré aqueça o forno a 170º.

Para a massa, misture em um recipiente com a ajuda de um fouet todos os secos: farinha, açúcar, cacau, bicarbonato, fermento e o sal.




Em outro recipiente, misture o buttermilk, os ovos, o óleo e a essência de baunilha. Misture bem até formar um líquido bem homogêneo.




Aos poucos, sempre com o auxílio de um fouet, incorpore delicadamente a mistura dos líquidos à dos secos.




Por último, adicione o café quente e mexa até incorporar completamente à massa.



Asse por 35 minutos. O tempo varia de acordo com cada forno, então, faça o teste do palito. Enfie um palito no centro do bolo e se ele sair limpo, significa que está bom.

Deixe os bolos esfriarem, desenforme-os e retire CUIDADOSAMENTE o papel manteiga. Reserve.

Para o recheio, comece derretendo o chocolate meio amargo em banho-maria.Quando ele estiver completamente derretido, retire do banho-maria e deixe reservado em temperatura ambiente.



Na batedeira, em velocidade média, bata a manteiga (que deverá estar em ponto de pomada/temperatura ambiente) até ela ficar aerada, clara e bem cremosa.



Adicione o leite e a baunilha. Continue batendo até incorporar.

Abaixe a velocidade da batedeira e junte aos poucos o açúcar de confeiteiro. Bata até deixar o creme bem homogêneo.



Enquanto isso, dissolva o café solúvel em uma xícara com a água quente.

Retire da batedeira e aos poucos, incorpore o café e o chocolate derretido ao creme de manteiga. Mexa delicadamente com a ajuda de um fouet.




Para montar o bolo, espalhe um pouco no meio (recheio) e cubra o topo e as laterais com a outra parte do buttercream.




Se você não achar avelãs trituradas grosseiramente, com a ajuda de um pano de prato e um martelo, faça isso em casa.





Finalize cobrindo o topo do bolo com as avelãs picadas.

Dica: para um buttercream de chocolate mais escuro, adicione mais chocolate derretido.

Bon Appétit!

Bisous,
Mariana Muller